sexta-feira, 12 de março de 2010

Mais de 17 mil brasileiros retornaram com a ajuda do governo do Japão

Criada pelo Ministério do Trabalho, Saúde e Bem-Estar, a ajuda (kikoku shien jigyoo) para que os dekasseguis e suas famílias retornassem a seus países entrou em vigor no dia 1 de abril de 2009, e terminou no dia 5 de março de 2010. Cada requerente poderia receber 300 mil ienes, mais 200 mil ienes por dependente, mas deveriam ficar 3 anos sem retornar ao Japão. Mais de 18 mil estrangeiros foram beneficiados, entre eles aproximadamente 17 mil brasileiros. O benefício custou mais de 5 bilhões de ienes aos cofres japoneses.
Sem perspectiva de emprego no Japão, os brasileiros retornaram sem saber se poderão voltar ao Japão, caso os planos aqui não dêem certo.
Um ex-morador de Shizuoka que não quis se identificar voltou ao Brasil, mas não consegue arranjar emprego, e vive do dinheiro do seguro-desemprego que vencerá daqui a dois meses. Seu último salário era de 1.200 ienes por hora, uma remuneração boa para sua idade e para a época ruim. Após ser demitido, voltar ao Brasil mostrou ser a melhor solução.
Já Letícia Suyama retornou com seu marido e seus dois filhos. O casal pretendia juntar o dinheiro da passagem, mas como estavam desempregados, deram entrada no pedido de ajuda pouco antes do encerramento. Ela afirma que não fosse a data limite, eles tentariam ficar por mais tempo no Japão. Caso a economia e a oferta de emprego melhorem, eles pretendem retornar ao arquipélago.
Hiroshi Fukuda, diretor geral do Departamento de Assuntos Consulares, afirma que na pressa de oferecer o benefício, houve falhas no anúncio. O prazo de três anos para retornar, por exemplo, não é definitivo. Caso a economia melhore, a proibição de voltar pode acabar mais cedo. Fukuda ainda afirma que aqueles que conseguirem um contrato com alguma empresa podem retornar com visto de trabalho.
A decisão de acabar com o auxílio de 300 mil ienes partiu do atua primeiro-ministro, Yukio Hatoyama.
Fonte: Jornal Nippo Brasil
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário