As medidas do país para combater a pandemia estão entre as mais rígidas do mundo
Grupos empresariais de vários países estão protestando contra as restrições de viagens impostas pelo Japão para impedir a disseminação do novo coronavírus, dizendo que a política está em descompasso com as medidas em outras grandes economias e prejudicará os investimentos.
Muitos países impuseram restrições às viagens para combater a pandemia, mas os do Japão estão entre os mais rígidos, proibindo efetivamente a entrada de turistas e portadores de visto de mais de 140 países.
“Esta política é contrária ao tratamento que o Japão recebe de outros países do G7 e de outros países líderes que tratam residentes estrangeiros com visto de longa duração igualmente aos cidadãos em questões de saúde”, disseram os grupos em um comunicado divulgado na terça-feira (18).
A carta conjunta foi assinada por grupos empresariais do Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Europa. Os grupos americanos e europeus já haviam feito queixas anteriores sobre a política.
O Japão permite que seus cidadãos retornem ao país se fizerem um teste de coronavírus no aeroporto e observarem um período de auto-quarentena. Os estrangeiros que vivem no Japão enfrentam dificuldades muito maiores para reentrar.
Essas medidas “só podem desencorajar os estrangeiros, e as empresas para as quais trabalham, de investirem no Japão”, disseram os grupos empresariais.
O Ministério das Relações Exteriores do Japão não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. O governo anunciou no mês passado que iniciaria “medidas em fases” para restaurar as viagens dependendo das condições de infecção, começando com 12 países asiáticos.
As restrições para conter a propagação do vírus devastaram a economia do Japão, que registrou uma contração histórica de mais de 27% no segundo trimestre.
Fonte: Alternativa com Reuters
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