quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O que se sabe até agora sobre a vacinação contra Covid-19 no Japão e em outros países da Ásia?

O governo japonês já anunciou que a vacinação será gratuita, mas não obrigatória

vacinação contra Covid-19
As farmacêuticas Pfizer (em parceria com BioNTech), Moderna e AstraZeneca divulgaram dados de testes este mês mostrando que suas vacinas experimentais contra Covid-19 são eficazes na prevenção da doença.

Se os reguladores aprovarem qualquer uma das vacinas nas próximas semanas, as empresas disseram que a distribuição poderia começar quase que imediatamente, dependendo dos governos de todo o mundo.

Mas muitos países asiáticos não esperam receber grandes quantias inicialmente. Confira abaixo os cronogramas de distribuição estimados, acordos de fornecimento anunciados até agora e testes clínicos em andamento na região.

Japão
O Japão tem acordos para comprar 120 milhões de doses da Pfizer/BioNTech no primeiro semestre do próximo ano, 120 milhões da AstraZeneca, dos quais 30 milhões serão embarcados em março de 2021, e 250 milhões da Novavax.

Também está em negociações com a Johnson & Johnson e tem acordo com a Shionogi.

Especialistas dizem que os fabricantes de vacinas precisam realizar pelo menos testes de fase 1-2 no Japão antes de buscar a aprovação.

O governo japonês já anunciou que a vacinação será gratuita para toda a população, mas não obrigatória.

China
A China não anunciou acordos de fornecimento com farmacêuticas ocidentais, que em vez disso fizeram parceria com empresas privadas.

A vacina da AstraZeneca pode ser aprovada na China em meados de 2021 e seu parceiro chinês Shenzhen Kangtai Biological Products planeja ter uma capacidade de produção anual de pelo menos 100 milhões de doses até o final de 2020.

Para a vacina Pfizer/BioNTech, uma unidade do Shanghai Fosun Pharmaceutical Group planeja um teste de Fase 2.

A Tibet Rhodiola Pharmaceutical Holding está trazendo a vacina candidata russa Sputnik V e planeja testes iniciais e intermediários na China.

A China também aprovou três vacinas candidatas desenvolvidas pela Sinovac e pela estatal Sinopharm para o programa de uso emergencial, e a Sinopharm espera que suas duas candidatas recebam aprovação condicional para uso público em geral ainda este ano.

Coreia do Sul
O objetivo é garantir vacinas do esquema Covax da Organização Mundial de Saúde para 10 milhões de pessoas e de negócios separados com fabricantes de medicamentos para 20 milhões de pessoas até o final deste ano.

A Coreia do Sul tem acordo de “compra opcional” com a Covax que permite selecionar vacinas de fabricantes específicos.

O momento da aquisição e a quantidade dependem do cronograma de produção dessas vacinas, segundo autoridades de saúde.

A imunização provavelmente começará no segundo trimestre do próximo ano, para permitir mais tempo para observar os efeitos colaterais potenciais.

Taiwan
Taiwan pretende garantir cerca de 15 milhões de doses inicialmente, tanto por meio do esquema Covax quanto pela compra direta de fabricantes de vacinas, e pode comprar 15 milhões de doses adicionais.

O governo disse que espera começar a vacinação no primeiro trimestre do próximo ano.

Filipinas
Está em negociações com a AstraZeneca para o fornecimento de pelo menos 20 milhões de doses, que podem chegar ao país no segundo trimestre de 2021. O país espera fechar 60 milhões de doses no total e também está em negociações com a Pfizer e a Sinovac.

As fabricantes de vacinas podem se inscrever para aprovação junto aos reguladores do país, mesmo que nenhum ensaio clínico seja realizado nas Filipinas.

Indonésia
A Indonésia é um dos 92 países listados como de baixa e média renda, o que significa que tem o direito de ter acesso às vacinas por meio da Covax para 20% de sua população, ou aproximadamente 106 milhões de doses se cada pessoa receber duas injeções.

A Indonésia está testando a vacina Sinovac e se preparando para começar a vacinação em massa para a equipe médica e outros trabalhadores da linha de frente já no final de janeiro.
Fonte: Alternativa com Reuters

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