segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Pesquisa: 55% dos japoneses são contra a entrada de mais trabalhadores estrangeiros

A imigração há muito tempo é tabu em um país onde muitos prezam a homogeneidade étnica
Trabalhadores estrangeiros no Japão

Uma pesquisa de opinião pública realizada pelo jornal Mainichi mostrou que 55 por cento dos entrevistados são contra o projeto recentemente aprovado pelo Parlamento de aceitar mais trabalhadores estrangeiros a partir de abril de 2019, enquanto 30 por cento disseram que apoiam a medida e 15 por cento não responderam.

A imigração há muito tempo é tabu em um país onde muitos prezam a homogeneidade étnica, mas o encolhimento e o envelhecimento da população aumentaram a pressão para flexibilizar o controle rigoroso dos trabalhadores estrangeiros.

O primeiro-ministro Shinzo Abe está ansioso para responder às demandas de empresas que enfrentam falta de mão de obra. Mas ele também está preocupado porque pode irritar conservadores em seu próprio partido, temendo que mais estrangeiros podem significar aumento de criminalidade e de problemas envolvendo choque cultural.

A revisão da Lei de Controle de Imigração e Reconhecimento de Refugiados define dois novos vistos: um status de residência de categoria 1, para trabalhadores sem qualificação, com estadia máxima de cinco anos, e um status de categoria 2 para pessoas com especialização profissional e direito de ficar por longo tempo no país.

Na categoria 1, os estrangeiros não poderão trazer familiares. Já na categoria 2, o Japão permitirá a vinda de cônjuges e filhos dos trabalhadores.

A lei limita a entrada de até 345 mil trabalhadores estrangeiros em cinco anos, a partir de abril do ano que vem.

Governo Abe
O índice de desaprovação do gabinete de Abe subiu para 40 por cento na pesquisa do jornal Mainichi, enquanto 37 por cento apoiam o governo. É a primeira vez em dois meses que o número de pessoas que desaprovam o primeiro-ministro é maior do que a ala de apoiadores.

A pesquisa ouviu 1.017 entrevistados acima de 18 anos nos dias 15 a 16 de dezembro.
Fonte: Alternativa
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