O governo deverá definir as regras especiais para a entrada destes voluntários
O Japão considera permitir a entrada de 500 voluntários estrangeiros no país para participar das Olimpíadas e Paraolimpíadas de Tóquio mediante o respeito a certas medidas especiais, publicou o jornal Tokyo. A informação foi dada por fontes ligadas ao assunto nesta segunda-feira (22).O Comitê Organizador dos jogos inicialmente descartou aceitar voluntários estrangeiros, que vivem no exterior, como precaução para impedir a disseminação do coronavírus. Mas agora parece aceitar a vinda de pelo menos 500 pessoas com habilidades especiais necessárias para executar os jogos, segundo a Kyodo News.
Essas 500 pessoas deverão ser selecionadas a partir de um grupo de 2.000 voluntários que vivem no exterior.
Os voluntários estrangeiros inscritos para os Jogos eram cerca de 10% do total de 80 mil inscritos antes da pandemia.
O governo ainda definirá as regras para a entrada destes voluntários especialistas do exterior. Segundo a Kyodo, espera-se que até cidadãos japoneses que moram fora do Japão consigam essa permissão para se voluntariar.
Sem público
Os organizadores decidiram formalmente no sábado (20) que os jogos serão realizados sem espectadores estrangeiros devido à pandemia. E o governo de Tóquio já faz as contas dos prejuízos, segundo a Jiji Press.
O custo total para realização das competições está estimado em 1.644 bilhão de ienes, com o governo de Tóquio cobrindo 717 bilhões de ienes, incluindo 120 bilhões de ienes em despesas adicionais que surgiram com o adiamento dos jogos.
Os ingressos vendidos resultaram em 90 bilhões de ienes, sendo 10 bilhões pagos por pessoas no exterior. Mas estes 10 bilhões agora deverão ser reembolsados após a decisão de barrar a entrada de fãs estrangeiros.
Para o professor emérito da Universidade de Kansai, Katsuhiro Miyamoto, a perda será de 1 trilhão ienes com a presença apenas de espectadores locais e ainda limitados provavelmente a 50% da capacidade dos estádios.
Segundo o jornal Tokyo, pelo menos 30 mil voluntários iriam trabalhar no auxílio aos visitantes estrangeiros na capital, os quais agora ficarão praticamente sem função.
Fonte: Alternativa